Tradicionalmente as atividades artesanais destinavam-se a garantir o autoabastecimento das comunidades rurais.
As fibras vegetais e animais desde nuito cedo foram usadas para a produção de artesanato.
As chancas e os pipos de madeira, as croças de junco e as capas de burel, as camisas e toalhas de linho, os cobertores de lã e as mantas de retalho, constituíam produtos necessários à existência quotidiana.
A lã e o linho eram as fibras mais usadas. As mulheres, nas horas vagas das tarefas agrícolas e domésticas, dedicavam-se à sua preparação enquanto os homens trabalhavam as fibras no engenho e nos pisões.
Com o desenvolvimento industrial e das sociedades o artesanato entrou em profunda decadência: apareceram produtos mais baratos, mais funcionais e melhor acabados, muita mão-de-obra jovem emigrou retirando produtores e consumidores destes produtos, as preferências e hábitos de consumo alteraram-se.
Nos últimos anos têm surgido iniciativas que procuram recuperar o prestígio perdido pela produção artesanal. Atualmente, existe uma loja de artesanato na vila do Soajo assim como pequenos produtores de mel, enchidos, presuntos, tecelagens, rendas e bordados, espalhados pela região.
Fonte: Miranda, Jorge. Soajo Lindoso - Cultura, Património e Natureza. I.F. - Comunicação & Imagem, 2001
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