Cruzeiros de Lindoso
A sua origem está relacionada com a demarcação do território e a comunicação com o divino. Junto deles passavam as procissões, à sua volta cantava-se a encomendação das almas na quaresma. Nalguns casos foram colocados em cruzamento de caminhos, onde, segundo as narrativas populares, ocorriam fenómenos populares.
Largo dos Espigueiros
Os espigueiros são instalações destinadas à armazenagem, secagem e conservação das espigas. Encontram-se reunidos num mesmo local, entre afloramentos de granito que lhes servem de alicerces. São construções em pedra e/ou madeira, corpo em forma de câmara estreita com fendas verticais para arejamento do espaço, telhado de duas águas e pés em pedra de formas muito simples.
Castelo do Lindoso
Fundado nos inícios do séc. XIII (já aparece referido nas Inquirições de 1258), este castelo foi, desde cedo, importante ponto de defesa da nossa fronteira nos desfiladeiros da Serra Amarela e Vale do Cabril. Na sequência das guerras da Restauração e pela sua posição geo-estratégica, transformou-se numa praça forte de grande importância, sendo então palco de inúmeros combates entre Portugal e Castela. Em 7 de março de 1932 foi classificado como Monumento Nacional. Na década de 40 foi objeto de obras de restauro e conservação por parte da Direcção- Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, passando, em 1976, para a administração do Parque Nacional Peneda Gerês.
Barragem do Alto Lindoso
O relevo, a elevada precipitação e a consequente abundância de recursos hídricos, originaram a instalação de unidades de produção de energia elétrica na região. Localizada no Rio Lima a poucos metros da fronteira com Espanha, é um dos maiores centros hidroelétricos da país mas também um fator fundamental para o desenvolvimento económico da comunidade local.
Fonte: Miranda, Jorge. Soajo Lindoso - Cultura, Património e Natureza. I.F. - Comunicação & Imagem, 2001
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